69. O desporto social é sempre a base

O Alto Rendimento e tudo o que tem associado cria-nos uma miopia grande em relação ao médio rendimento ou ao desporto social.

O valor da carreira no Alto Rendimento, promove relacionamentos fortes e duradouros, que penso estarem relacionados com a competição, a responsabilidade, a ambição e a intensidade com que Atletas, treinadores, médicos, fisioterapeutas, etc, etc vivem em comunidades pequenas.

Entendo a surpresa de algumas pessoas quando afirmo que em Portugal temos 700,000 Atletas federados. Mas não percebo tão bem uma outra percepção que tenho, que tem muito a ver com o passar dos anos, e nada conseguirmos fazer para proteger as vidas e famílias que se dedicam a criar e inventar condições para alimentar o sonho dos seus filhos. Vivo com a sensação permanente de que não sabemos aproveitar o facto de sermos pequenos, de todos nos conhecermos, de parecer simples uma resposta diferente quando as perguntas difíceis são retiradas da agenda porque não há interesse nem ambição para se trabalhar nesse sentido.

Hoje este valor da carreira na “alta competição” está mais escondido e menos visível à sociedade. Portugal não é excepção na dificuldade de valorizar estas carreiras, na sua grande maioria, muito difíceis de subsistir por muito tempo e demasiado dependentes da estrutura financeira de clubes, famílias e competições pelo país fora.

Felizmente há cerca de 1 ano que fundámos (3 empresas) a Sportrack que tem apoiado carreiras desportivas de forma integral e que agrega todas as modalidades desportivas e desporto paralímpico, disponibilizando uma rede nacional de mais de 200 profissionais da alta competição espalhados por Portugal continental e ilhas capaz de responder aos Atletas com Login em Sportrack.io

Sozinho fiz pouco, e quero agradecer aqui o empenho e o gosto com que alguns Atletas se têm dedicado ao projecto, disponibilizando inclusive tempo para nos ajudar nesta fase inicial tão difícil dos empreendimentos em Portugal, no Desporto e no canto da Europa, onde representamos um número demasiado pequeno para entrámos no Totobola dos países que valorizam talento independentemente da sua natureza.

Precisamos sempre da ajuda de todos, na difícil tarefa de inovarmos no desporto português, um ecossistema demasiado preso ao passado e a um sistema centralizado no importante movimento associativo, que não dispõe de recursos suficientes para melhorar a sua performance.

Alguma ideia?

Publicado por Ricardo A.

Business Performance and Sports Analytics

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